24 de dezembro de 2013

Advogado que ofereceu trabalho diz ter amizade de 20 anos com Dirceu

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Advogado que ofereceu trabalho diz ter amizade de 20 anos com Dirceu

Advogado ofereceu R$ 2,1 mil para petista condenado organizar biblioteca.
Pedido de emprego ainda deve ser analisado e autorizado pela Justiça.


O advogado José Dirceu, disse nesta sexta-feira (20) ao G1 que mantém amizade com o ex-ministro da Casa Civil há mais de 20 anos. A oferta de emprego, contou, foi feita alguns dias após a prisão do petista, no dia 15 de novembro, numa visita que fez à Penitenciária da Papuda, em Brasília.
José Gerardo Grossi, que ofereceu um novo emprego para
Jamais pedi favor a ele, nem ele me pediu favor"
José Gerardo Grossi,
advogado
"Sou amigo do Dirceu há mais de 20 anos. Amizade muito sui generis, jamais pedi favor a ele, nem ele me pediu favor", disse.
A oferta de emprego foi apresentada nesta quinta (19) à Justiça pela defesa do petista, que cumpre pena em regime semiaberto, que permite o trabalho fora durante o dia mediante autorização.
Grossi reiterou que o posto oferecido a Dirceu é para trabalhar na biblioteca do escritório, que, segundo ele, conta com pouco mais de 2 mil livros e está "muito bagunçada". A proposta apresentada a Dirceu inclui ainda "eventual pesquisa de jurisprudência" e "colaboração na parte administrativa".
Questionado sobre se Dirceu poderia colaborar nos trabalhos jurídicos, Grossi descartou o exercício da advocacia. "Acho que ele nunca advogou na vida. Ele condenado, vai ter restrição na Ordem [dos Advogados do Brasil] para exercer a advocacia".
Indagado se poderia aproveitar a influência política do ex-ministro em Brasília, Grossi também rejeitou esse tipo de função. "Eu não conto com isso, porque nunca contei com isso na minha vida. Meu escritório tem característica quase artesanal", afirmou.
Escritório familiar
Se for autorizado pela Vara de Execuções Penais a trabalhar com Grossi, Dirceu deverá receber salário de R$ 2,1 mil. "É a média que pago aos meus funcionários, não é nada excepcional, não estou sendo bondoso nem malvado", diz Grossi.
O advogado de 81 anos, à frente de uma tradicional banca com clientes políticos e empresários de peso em Brasília, disse que o escritório é "quase familiar", onde trabalham sua mulher, dois sobrinhos-netos e outros dois advogados. "Eu efetivamente estou precisando de uma pessoa a mais no escritório, que é pequeno", diz.
Se for admitido, Dirceu trabalhará de 8h às 18h, com intervalo para almoço entre 12h e 14h, alternadamente com outros funcionários. O escritório fica no Setor Bancário Sul, no centro da capital federal. Questionado sobre o que espera do desempenho do ex-ministro à frente da biblioteca, Grossi responde: "Não sei, cada vez que a gente admite um funcionário, está se apostando nisso [bom desempenho]."

O pedido da defesa apresentado na Vara de Execuções requer prioridade para o processo de Dirceu, inclusive nos estudos técnicos do setor psicossocial do tribunal, que precisa dar aval para o juiz autorizar o trabalho.

Desistência de hotel
No começo deste mês, Dirceu desistiu de outra proposta de trabalho, no hotel Saint Peter, em Brasília, no qual ganharia salário de R$ 20 mil.  A decisão veio após o Jornal Nacional mostrar que o dono da empresa que administra o hotel mora em uma área pobre da Cidade do Panamá e trabalha como auxiliar de escritório em uma empresa de advocacia.
A Lei de Execução Penal prevê que o salário do preso que trabalha seja destinado à indenização dos danos do crime, à assistência à família do preso, ao ressarcimento do Estado com as despesas pessoais do preso e o restante, para uma poupança a que o detento poderá ter acesso quando for solto.
Após receber o pedido, a Vara de Execuções Penais deve pedir que a Seção Psicossocial do Tribunal de Justiça do DF avalie a proposta de trabalho e que prepare um relatório. O Ministério Público terá que opinar sobre o pedido antes de uma decisão final.

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