28 de outubro de 2013

FORMULA 1: SEBASTIAN VETTEL UM TETRA CAMPEÃO SEM PALAVRAS EMOÇÕES E REVERÊNCIA.




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 FORMULA 1:

SEBASTIAN VETTEL UM TETRA CAMPEÃO SEM PALAVRAS EMOÇÕES E REVERÊNCIA.

Após assegurar o tetra com nova vitória no GP da Índia, alemão da RBR quebra o protocolo, celebra com a torcida e agradece à equipe e ao carro


Depois de meses de concentração e trabalho duro de um perfeccionista e centrado Sebastian Vettel, era hora de quebrar o protocolo e extravasar.  O título veio neste domingo. E com mais uma vitória,no GP da Índia. Após outra atuação impecável, faltaram palavras para celebrar pelo rádio: “Yes, yes, yes!”, disse.

- Fiquei sem palavras. Cruzei e linha e estava “vazio”. Levei anos pensando em algo para dizer, e é um daqueles momentos que você deseja dizer tanta coisa, mas não consegue – tentou explicar.

Poucas palavras que deram lugar a uma comemoração intensa. Ao invés de levar o carro para o parque fechado, o mais novo tetracampeão parou na linha de chegada, lugar que conhece bem, consagrado por tantas bandeiradas e deu sequência ao seu espetáculo. Primeiro, fez “zerinhos” na pista, levantando fumaça e levando as arquibancadas ao delírio. Depois, subiu no carro e saudou o público que retribuiu com aplausos. A quebra de protocolo fez o piloto ser chamado imediatamente para dar explicações para a direção de prova, o que lhe rendeu uma reprimenda, além de uma multa de 25 mil euros (aproximadamente R$ 75 mil) para a equipe.
Vettel comemora tetra com o famoso 'zerinho' (Foto: AFP)
Em seguida, ajoelhou-se em frente ao bólido, fazendo uma reverência à máquina que o complementa com tanta perfeição. Reverência essa que se estendeu à torcida, que acolheu com tanto carinho um piloto que reinou absoluto nas três vezes que a categoria passou pelo país. As vaias de ferraristas e britânicos, ouvidas em outras provas, não tiveram vez. Vettel ainda foi sentir o calor dos fãs mais de perto. Subiu no alambrado e jogou suas luvas para privilegiados torcedores. Uma celebração espontânea de um garoto que fazia história.
- Rocky, meu engenheiro, me chamou para os procedimentos usuais e eu pensei: “Dessa vez não”. Havia muita gente nas arquibancadas, tive que fazer aquilo. Eu não tinha programado nada. Simplesmente aconteceu. Normalmente nós não somos permitidos, mas senti que tinha o direito – explicou.
Em seguida, alemão reverenciou a RB9, carro com o qual conquistou o taça (Foto: AFP)

Emoção e choro contido
Após a festa na pista, Vettel seguiu para a cerimônia do pódio. Após a pesagem obrigatória, encostou na parede e refletiu. Os olhos ficaram marejados. Hora de um choro contido e silencioso. A ficha parecia ter caído. Aos 26 anos, ele passava em títulos grandes lendas da Fórmula 1, como os tricampeões Ayrton Senna, Nelson Piquet, Niki Lauda, e se tornava o tetra mais jovem da história, batendo o recorde de seu ídolo, o hepta Michael Schumacher, que levou a quarta taça aos 32.

Tetracampeão subiu no alambrado e saudou a torcida  (Foto: AFP)
Antes de subir, um abraço forte em Adrian Newey, o “mago da aerodinâmica”, responsável por construir cada um dos carros que o gênio Vettel consagrou com títulos. Agradecimentos também a todos os quase 700 funcionários de uma equipe que trabalhou duro e agora colhe os frutos com o tetra do Mundial de Pilotos e também do Mundial Construtores, também assegurado nesta etapa.

- O carro estava fenomenal hoje. Estava fenomenal durante toda a temporada. Não poderia pedir mais. Acho que o time e o espírito do time são muito fortes. Isso me dá muita força. É um prazer pular do carro e ir em direção aquelas pessoas e retribuir tudo que eles me deram - sintetizou.

No pódio, o choro contido deu lugar a um sorriso largo e jovial, de um "moleque" que se torna lenda com tão pouca idade. Mais festa com Newey e um banho de champanhe de Nico Rosberg (Mercedes) e Romain Grosjean (Lotus), segundo e terceiro colocados, respectivamente. Era apenas o começo de uma festa que não tem hora para terminar.

Antes e durante o pódio, abraços em Adrian Newey, projetista da equipe (Foto: Reuters)


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